quarta-feira, 8 de junho de 2011

Bairros nobres como Jardim Paulista, Vila Mariana, Itaim-Bibi e Moema têm mais domicílios desocupados

São Paulo - Responda: qual é a região de São Paulo que concentra mais imóveis vazios? Ainda que a resposta mais comum seja o centro, os dados do Censo de 2010 mostram o contrário. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), bairros nobres como Jardim Paulista, Vila Mariana, Itaim-Bibi e Moema têm mais domicílios desocupados que qualquer outro da região central. No total, a capital tem 353 mil imóveis vazios.

O centro paulistano é a área da cidade que tem menos imóveis vazios - são apenas 33.272, cerca de três vezes menos que os 104.946 da líder do ranking, a região sul. Entre os distritos centrais, o que tem mais casas e apartamentos desocupados é Bela Vista. Já a liderança entre os bairros fica com o Sacomã, na zona sul.

As razões para esses fenômenos são variadas. Em primeiro lugar, houve um movimento de retorno ao centro nos últimos dez anos, alavancado pela expectativa de revitalização de áreas consideradas degradadas. Já explicar o que acontece nos distritos nobres é um pouco mais difícil. Uma hipótese levantada pelo IBGE é o processo de transição pelo qual passam Jardim Paulista e Vila Mariana.
"Esses são locais que antes eram majoritariamente residenciais, mas cada vez mais estão ganhando características comerciais. Em circunstâncias assim, é normal encontrar imóveis que ficaram vagos e estão à procura do primeiro locador comercial. No recenseamento, vimos muito isso na Vila Mariana, até por causa das universidades que estão abrindo ali", diz Jefferson Mariano, analista socioeconômico do IBGE.

Especulação. O diretor da Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio (Embraesp), Luiz Paulo Pompéia, diz que esse fator pode influenciar, mas não é o único determinante. "A explicação mais provável é que os apartamentos lançados estejam provocando bastante interesse por parte de investidores." Assim, empreendimentos em bairros como Itaim-Bibi e Moema estariam sendo adquiridos para, num momento posterior, serem vendidos a futuros moradores por preços maiores. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo e Exame

terça-feira, 7 de junho de 2011

Presidente da Caixa não vê bolha imobiliária no País

SÃO PAULO - O presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, afirmou que o Brasil não está em desaceleração e que o mercado imobiliário não passa por uma bolha. De acordo com Hereda, a Caixa Econômica já contratou no País, até o dia 6, um total de R$ 21,5 bilhões em crédito para imóveis, o mesmo valor de 2010.
 

Ele lembrou que a Caixa só retomará o programa Minha Casa, Minha Vida para famílias com renda de até três salários mínimos no próximo semestre, após as regulamentações finais do governo para a segunda etapa do projeto. "A partir desses dados, posso dizer que a Caixa terá um aumento no volume de contratações em relação ao ano passado."
Hereda afirmou que, de acordo com previsões de técnicos da instituição financeira, o crédito imobiliário liberado deve atingir um total de R$ 81 bilhões em 2011. "A grade de subsídios oferecidos pelo governo e o financiamento de até 30 anos da Caixa dão uma grande condição para as famílias terem acesso aos imóveis. A tendência para a segunda etapa do Minha Casa, Minha Vida é que as condições de acesso se ampliem, até porque as empresas já estão mais especializadas no negócio", afirmou.
No feirão deste ano, na região metropolitana de São Paulo, serão oferecidos 195 mil imóveis para famílias de todas as faixas de renda. Do total, 69 mil são de um valor abaixo de R$ 170 mil; 94 mil unidades têm preços acima e R$ 170 mil e até R$ 500 mil, e outros 32 mil tem valor superior a R$ 500 mil.
São Paulo
O prefeito da capital paulista, Gilberto Kassab, participou da abertura do feirão, no Centro de Exposições Imigrantes, na zona sul, e elogiou a Caixa, dizendo que a cidade é beneficiada pelo evento. "Quando a construção civil vai bem, São Paulo vai bem." Kassab disse que até o fim da gestão na Prefeitura, em 2012, o número de famílias em moradias inadequadas cairá de 800 mil para 600 mil. "São famílias que não tinham saneamento e uma casa digna, mas agora têm mais conforto", declarou. Ele atribuiu o número a políticas públicas da Prefeitura de São Paulo, além de à "solidariedade" dos governos do Estado e federal.

Crédito: Circe Bonatelli, da Agência Estado

São Paulo é a oitava cidade com mais construções

"São Paulo - Este ranking começa pelo oitavo lugar. Esta é a colocação de São Paulo, única brasileira entre as dez cidades que possuíam maior área em construção de imóveis de alto padrão no final de 2010, segundo a consultoria Colliers. Ao lado de capitais como Xangai e Cidade do México, São Paulo representa o mundo emergente como motor do crescimento, que corre com as obras para atender à alta demanda de empresas locais e multinacionais em busca de espaços luxuosos em importantes centros financeiros.
Ao contrário de cidades em que o excesso de oferta já ultrapassa a demanda, São Paulo ainda se vê espremida entre a grande procura, uma das menores taxas de vacância do mundo (1,2% no fim do primeiro trimestre de 2011) e o oitavo maior aluguel comercial do planeta - 875 dólares por metro quadrado, bem mais do que em Nova York e algumas regiões de Londres. Há concorrência para alugar andares com a preços altíssimos e também para investir: incorporadoras conseguem segurar seus empreendimentos até o lançamento para conseguir preços melhores, e alguns fundos já compram imóveis ainda em construção.
O que ocorre, portanto, é uma falta crônica de imóveis comerciais no Brasil. Com apenas 0,54 metro quadrado por habitante, o mercado imobiliário paulistano ainda tem muito potencial para crescer. Ao final de 2010, havia 1,3 milhão de metros quadrados em construção. Mas a própria Colliers já alerta para o risco de superoferta já em 2012, após a entrega de boa parte desses estoques. Na lista a seguir, você conhece as demais cidades do ranking, muitas das quais erraram a mão e acabaram entregando muito mais que o necessário".

Fonte: exame.com